segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Série Valores da IECLB: Compromisso


Compromisso
Ministério aberto e participativo




Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os seres humanos. Jesus é o sumo sacerdote que nos permite acesso direto a Deus. Não há, portanto, necessidade de nenhuma outra mediação entre Deus e o ser humano a não ser Jesus Cristo.

A partir do batismo todas as pessoas se tornam participantes do Corpo de Cristo. Segundo a compreensão evangélica todas as pessoas batizadas são ministros (sacerdotes) e ministras (sacerdotisas) a serviço da causa de Deus na comunidade, na sociedade e no mundo. (1 Pedro 2.9) Cada pessoa tem acesso a Deus por meio de Jesus Cristo e também à Palavra de Deus presente nas Sagradas Escrituras. Pela multiforme graça de Deus são agraciadas por dons e carismas a partir dos quais tomam parte da edificação comunitária e do testemunho e vivência da boa notícia do Evangelho. Por isso cada cristão integra o ministério geral das pessoas batizadas e está habilitado e capacitado a se referir a questões de fé e da espiritualidade de forma livre e responsável.

O batismo estabelece um vínculo de igualdade entre os filhos e filhas de Deus de modo que não há judeu ou grego, senhor ou escravo, homem ou mulher. As hierarquias são derrubadas e todas as pessoas batizadas participam do ministério de Cristo. Elas recebem o mandato de serem mediadoras e servidoras da causa de Deus neste mundo. Assim, todas as pessoas, por meio do batismo e da fé, são chamadas ao ministério de modo que não há distinção entre clérigos e leigos. Todas as pessoas batizadas tem participação ativa na missão de Deus e na vida comunitária.

O ministério geral de todas as pessoas que crêem nada mais é do que a concretização da Igreja como corpo de Cristo em que cada membro participa e serve com o seu dom. Deus chama pessoas para a realização dos seus propósitos. Ele capacita, por sua graça e pelo seu Espírito, homens, mulheres, jovens e crianças para uma participação livre e alegre no testemunho evangélico.

A perspectiva igualitária do ministério geral abre horizontes e perspectivas ilimitadas para os membros da Igreja. Eles são chamados para servir nos mais diversos espaços de vida. Cada pessoa batizada é vocacionada legitimamente para o testemunho cristão na família, no lugar de trabalho/estudo e na sociedade em geral, ou seja, é chamada para exercer a sua cidadania cristã.

A partir do ministério geral não se estabelece uma hierarquia entre ministros e ministras ordenados/as e não ordenados/as. Procura-se evitar a prevalência ou a superioridade de uns sobre os outros. Na gestão das comunidades procura-se combinar os modelos de auto-gestão e co-gestão como exercício da co-responsabilidade de todos. Cultivam-se espaços para o debate e para o diálogo. Todas as pessoas batizadas são corresponsáveis pela preservação do anúncio correto da Palavra de Deus e administração correta dos Sacramentos.

Assim, cada pessoa batizada pode encontrar uma forma de colocar seus dons a serviço do próximo e da missão de Deus. Pode testemunhar o Evangelho através de palavras e ações no dia-a-dia. Pode interceder através da oração em favor de irmãos e irmãs. Pode exercer a sua atividade profissional através de um agir ético. Pode participar do serviço (diaconia) em favor das pessoas em situação de necessidade. Pode partilhar bens materiais através da contribuição à comunidade e da ajuda solidária. Pode colocar-se à disposição para assumir funções na comunidade de acordo com os dons recebidos.

O exercício do ministério geral de todas as pessoas batizadas no nível comunitário influencia o seu modo de pensar e de agir na sociedade. A sua vivência tem reflexos no desenvolvimento de uma cultura participativa. Fomenta a responsabilidade individual e incentiva o compromisso com a coletividade. Em suma, o ministério geral das pessoas batizadas promove a cidadania.

Texto extraído do Portal Luteranos
Disponível em http://www.luteranos.com.br/conteudo/compromisso

Quem quiser ser cristão



segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Série Valores da IECLB: Comunidade

Comunidade
Comunhão inclusiva e participativa


Comunidade de Boa Vista-RR


Deus acolhe todas as pessoas por sua graça e pelo seu amor. Pelo batismo elas são incorporadas no corpo de Cristo e fazem parte da comunhão dos santos e das santas. A Palavra de Deus transformadora promove comunhão e os seus filhos e suas filhas estabelecem novas relações. Pelo Batismo as pessoas ingressam na dinâmica da graça e da fé em Jesus Cristo. A comunidade torna-se o espaço de comunhão das pessoas agraciadas. Elas criam comunidades de partilha e solidariedade.

Em meio a uma sociedade atomizada, individualista e concorrencial as pessoas evangélicas luteranas não abrem mão da dimensão comunitária da fé. A comunidade torna-se um espaço de gratuidade e nela as pessoas experimentam comunhão, perdão e solidariedade. Elas são membros participantes da multiforme graça de Deus ( e não meros clientes consumidores de bens religiosos). A comunidade torna-se um espaço privilegiado e fundamental para a alimentação da fé e também para o fortalecimento do testemunho evangélico.

A com-unidade é o espaço em que as diversas gerações são educadas na fé cristã e são capacitadas para o serviço na sociedade e no mundo. Nela e a partir dela a Palavra de Deus é anunciada e vivenciada. A participação e a comunhão na Ceia do Senhor renovam e fortalecem os filhos e filhas de Deus para o exercício do sacerdócio no seu dia-a-dia.

A comunidade torna-se lugar de acolhida de todas as pessoas, porque “é por meio da fé que todos vocês são filhos de Deus, em união com Jesus Cristo. Pois foram batizados em união com Cristo, e assim se vestiram com a pessoa do próprio Cristo. Desse modo não há diferença entre judeus e não judeus, escravos e livres, homens e mulheres: todos vocês são um só, em união com Jesus Cristo.” (Gálatas 3.28)

Pessoas, independente de sua condição ou situação, participam da vida comunitária e se organizam segundo normas e regulamentos aprovados por elas mesmas. Cultivam mecanismos que favorecem a melhor transparência possível nos aspectos financeiros e processos de planejamento e de administração.

As pessoas cristãs evangélicas luteranas reconhecem que Deus as conhece assim como elas são (Salmo 139). Elas afirmam que nada pode ficar oculto a Deus (Mateus 10.26), inclusive falhas e desvios. Isso faz com que elas confessem os seus pecados e peçam o perdão de Deus (1 João 1.8-9).

Elas enfatizam que são justas e pecadoras, ao mesmo tempo, e que carecem, continuamente, da graça e do perdão de Deus. Reconhecem que estão sujeitas à tentação de aparentar uma falsa santidade (história do fariseu e do publicano). A sua condição humana pode levar a ocultar interesses inconfessados e, assim, causar grandes prejuízos à causa de Deus e ao testemunho evangélico.

A disciplina fraterna torna-se um meio pelo qual se procura ir e vir ao encontro da necessidade de chamar atenção para falhas e erros. Por meio de diálogos e admoestações exercita-se a correção mútua com o fim de evitar que o mal se alastre no corpo eclesial e cause danos à causa de Deus.

As pessoas, seguidoras de Jesus, são chamadas luz do mundo (Mateus 5.14). São animadas a sinalizar a vontade de Deus e os valores do seu reino na sociedade e no mundo. São desafiadas a iluminar com a luz que vem de Cristo também as suas instituições e organizações, a vivenciar junto com outras denominações cristãs o amor de Deus e testemunhar a sua vontade em seu contexto de vida.


Texto extraído do Portal Luteranos
Disponível em http://www.luteranos.com.br/conteudo/comunidade

Cuidar é zelar



sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Série Valores da IECLB: Identidade

Identidade
Atualização e contextualização da herança da Reforma



Pessoas luteranas prezam a tradição cristã que se origina na Reforma do século XVI. O nome da Igreja - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB – mostra a sua identidade de fé. O nome traduz, no contexto brasileiro, a tradição cristã que tem a sua origem no movimento reformatório protagonizado por Martim Lutero. Como Igreja, integra o corpo de Cristo e faz parte da igreja universal. O seu fundamento encontra-se no Evangelho de Jesus Cristo. O seu testemunho no Brasil se inspira nos valores evangélicos redescobertos no século XVI.

Pessoas luteranas identificadas com a IECLB entendem-se como parte da igreja universal e procuram viver com autenticidade a fé cristã. O propósito da reforma do século XVI foi o de reconduzir a Igreja a sua origem evangélica e este continua sendo um objetivo e um compromisso atual. Ser uma pessoa luterana não significa, em primeiro lugar, ter a verdade, mas, sim, buscá-la na fonte que é Jesus Cristo.

Pessoas cristãs de confissão luterana são evangélicas. E ser evangélico significa descobrir e valorizar o que Deus fez pelos seres humanos. Sua compaixão em Jesus Cristo é o centro da fé. Seu amor e perdão são essenciais na vida do cristão. Reconhecer e acolher essa dádiva leva as pessoas a uma nova dinâmica de vida. Elas assumem compromissos no seu cotidiano que espelham o amor de Deus. Tudo gira em torno da graça de Deus porque a Reforma teve início quando Lutero descobriu que Deus é misericordioso. A identidade luterana deita raízes nesta descoberta e neste reconhecimento.

Os referenciais centrais da identidade luterana são as Sagradas Escrituras, os Credos cristãos, a Confissão de Augsburgo e o Catecismo Menor de Martim Lutero.


Sagradas Escrituras


As pessoas cristãs evangélicas luteranas, pertencentes às comunidades da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), uma das igrejas-herdeiras da Reforma do século XVI, são identificadas como membros da Igreja da Palavra. Isto quer dizer que elas têm, como um de seus pilares confessionais e identitários, as Escrituras Sagradas que são a norma determinante do que é proclamado e ensinado.

Há, pois, um vínculo vital com a revelação de Deus legada pelas Escrituras Sagradas do Antigo e do Novo Testamentos. Eles contêm o testemunho dos profetas e apóstolos. Neles se encontra a voz do próprio Senhor da Igreja – Jesus Cristo.

A graça e misericórdia de Deus vem ao mundo e se revela por meio das Sagradas Escrituras. Pela ação do Espírito Santo elas se tornam palavra viva e provocam a fé nas pessoas. Toda a Escritura tem um só propósito: promover a Cristo.

As Sagradas Escrituras tornam-se para as pessoas evangélicas luteranas fonte orientadora de todo o seu testemunho e fonte inspiradora de sua prática. Elas despertam e sustentam a fé, a esperança e o amor. Tudo o que existe na igreja depende de sua autoridade ou carece de sua concordância e aprovação.


Credos cristãos


Ao longo dos séculos a Igreja cristã afirmou os conteúdos básicos de sua fé na forma de Credos. Com expressões bastante concisas, os Credos foram formulados em situações de crise e de ameaça à fé cristã.

As Igrejas da Reforma mantiveram a sua fidelidade a essas expressões de fé, dizendo-se herdeiras desta tradição. As pessoas evangélicas de confissão luterana se conectam a essa história. Assumem esta tradição e a integram em sua auto-compreensão.

Os Credos Antigos datam dos primeiros quatro séculos do cristianismo. São eles: o Credo Apostólico, o Credo Niceno-Constantinopolitano e o Credo Atanasiano.


Confissão de Augsburgo


Os cristãos defensores da reforma da igreja no século XVI formularam em uma confissão os eixos centrais em torno dos quais gira a fé cristã. Esta confissão ficou conhecida como Confissão de Augsburgo e ela é adotada hoje pela maioria das Igrejas Evangélicas Luteranas. As comunidades, que formam a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, assumiram este documento de fé como referência básica para a sua confessionalidade e identidade.

Na Confissão de Augsburgo transparecem os temas centrais da Reforma. Quando para a salvação “da alma” eram exigidas determinadas obras e rezas, peregrinações, sacrifícios e compra de indulgências, foi necessário recorrer à Bíblia e afirmar que somente Cristo é mediador e salvador. Cristo é a mensagem central da Bíblia, e a justificação do pecador se realiza somente pela graça de Deus oferecida por Cristo. E esta graça do perdão e da salvação pode ser recebida somente pela fé, não por obras e sacrifícios que nos tornassem merecedores diante de Deus. Esta fé, que recebe a graça, produz frutos de gratidão e torna a pessoa crente livre e atuante em obras de amor.


Catecismo Menor de Martim Lutero


Um desafio constante da Igreja cristã consiste na interpretação da Palavra de Deus e a sua contextualização. Martim Lutero constatou durante as suas visitações às comunidades, nos anos 1528 e 1529, que o povo cristão desconhecia os Dez Mandamentos, o Credo, o Pai-Nosso e o seu significado. Diante disso redigiu o Catecismo Menor para ser usado pelos pregadores e demais responsáveis pela educação na fé cristã. Neste Catecismo encontram-se os Dez Mandamentos, o Credo Apostólico, o Pai-Nosso, os Sacramentos do Batismo e da Santa Ceia e o Ministério da Confissão e da Absolvição.

Texto extraído do Portal Luteranos
Disponível em http://www.luteranos.com.br/conteudo/identidade

A Ceia do Senhor



segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Mensagem da Presidência e do Conselho da Igreja sobre o Tema e Lema do Ano 2018

Mensagem da Presidência e do Conselho da Igreja para o lançamento do Tema do Ano 2018



Mensagem da Presidência e do Conselho da Igreja
para o lançamento do Tema do Ano 2018
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB

Igreja, Economia, Política. Eis o Tema do Ano da IECLB em 2018. O que Igreja tem a ver com Economia e Política? Na tradição evangélico-luterana, tem tudo a ver! Nós optamos por este assunto para destacar a importância de grandes temas da Reforma que precisamos aprofundar em continuidade ao Jubileu da Reforma, celebrado em 2017.
Igreja, Economia, Política. Lutero considerou estes três âmbitos da vida como Ordens da Criação Divina. Lutero falou em Economia, Política e Igreja a partir de três funções básicas: alimentar, proteger e ensinar. Naquela época, a função de alimentar estava a cargo das pessoas agricultoras. Este era o âmbito da Economia. A função de proteger cabia aos membros da nobreza e caracterizava o âmbito da Política. A função de ensinar estava ligada ao clero, o âmbito da Igreja.
Esta divisão de funções se manifestava em uma organização de classes desiguais. Quem era membro de uma classe não participava da outra. Lutero, por seu lado, entendia que Deus organiza a existência humana em Igreja, Economia e Política e que cada pessoa participa nos três âmbitos.
De acordo com Lutero, a Igreja é a Primeira Ordem da Criação. Para ele, a Igreja foi instituída como parte do paraíso. Ali, a Igreja consistia na Palavra que Deus dirige ao ser humano e na resposta que Deus dele espera. Deus nos dá a sua Palavra. Nós respondemos com gratidão e obediência aos seus Mandamentos. Na compreensão luterana, cada pessoa é chamada a ouvir o Evangelho, reunir-se em Comunidade, contribuir com recursos e dons e dar testemunho da vontade de Deus. Lutero compreendia esse testemunho como cooperação com Deus para o melhoramento do mundo.
Depois da Igreja, foi instituída a Economia. A palavra Economia tem origem no termo grego oikos, que significa casa. O oikos, a casa, era a unidade básica de produção. Para Lutero, a Economia é a produção e a reprodução da vida como dádiva divina. Deus criou tudo e nos provê o alimento, permitindo que a terra produza aquilo que precisamos. Deus criou o ser humano em condição econômica igualitária. A Economia é entendida como meio para proporcionar o sustento da vida. A Economia organiza a produção e a distribuição justa dos meios de sustento da vida.
De acordo com Lutero, a Igreja e a Economia existiam em sua forma ideal no paraíso. O ser humano recebeu autonomia para organizar a sua vida, mas, em vez de viver responsavelmente a sua liberdade, caiu em pecado e se afastou da vontade de Deus.
Com o pecado, a liberdade se transformou em poder que ameaça a vida. Por este motivo, Lutero diz que Deus instituiu a Política para manter a ordem e promover a justiça. “Precisamos de autoridades que tenham ânimo para instaurar e manter a ordem em todos os negócios e transações comerciais, para que os pobres não sejam sobrecarregados e oprimidos”, escreveu Lutero no Catecismo Maior. A política é necessária para organizar vida. Isto requer que cada ser humano participe da Política, seja como cidadão ou como pessoa que desempenha um cargo político.
Por causa do pecado, o ser humano perdeu o conhecimento de Deus. Quem é Deus? O Lema de 2018 – Eu sou o SENHOR, teu Deus – ajuda a responder esta pergunta. Deus é aquele que tirou o povo da escravidão do Egito. Deus é aquele que se fez humano em Jesus Cristo. A vida, morte e ressurreição de Cristo revelam quem é Deus: um Deus que oferece perdão e nova oportunidade!
Na argumentação de Lutero, Igreja, Economia e Política são utilizadas por Deus para efetivar a sua vontade no mundo e cada pessoa é chamada a atuar com Deus nestes três âmbitos da vida. Pela reconciliação em Cristo e pela força do Espírito Santo, podemos agir a serviço de Deus. Desejamos que Deus, por meio do Tema e do Lema do Ano em 2018, motive a nossa reflexão e a nossa ação para o melhoramento do mundo.


Texto extraído do Portal Luteranos
Disponível em http://www.luteranos.com.br/conteudo_organizacao/presidencia/mensagem-da-presidencia-e-do-conselho-da-igreja-para-o-lancamento-do-tema-do-ano-2018

A bondade de Deus



domingo, 14 de janeiro de 2018

Deus derramou o seu amor...


Tema do Ano 2018

TEMA DO ANO 2018


       A cada ano, Comunidades e instituições ligadas à IECLB se unem em torno de um tema que motiva reflexão e ação. O Tema do Ano é um dos principais canais de comunicação e formação na IECLB. É expressão do que cremos, do que somos, do nosso desejo de mudança. Neste sentido, o Tema do Ano é um instrumento para fortalecer a unidade e a identidade da Igreja. Para 2018, o tema da IECLB é: Igreja, Economia, Política.Esse Tema vem acompanhado e iluminado pelo Lema bíblico: Eu sou o SENHOR, teu Deus (Êxodo 20.2a). Para Martim Lutero, Igreja, Economia e Política são os instrumentos que Deus usa para evidenciar quem Ele é e o que Ele quer. Na argumentação de Lutero, Deus efetua a sua vontade no mundo por meio da Igreja, da Economia e da Política e cada pessoa é chamada a atuar com Deus nestes três âmbitos da vida.


Texto extraído do Portal Luteranos. 
Disponível em: http://www.luteranos.com.br/tema-ano/2018


Jesus acabou com o poder da morte...



terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Lançada a Identidade Visual do XXIV CONGRENAJE

Identidade Visual do XXIV CONGRENAJE





Reportagem extraída do Portal Luteranos: http://www.luteranos.com.br/noticias/identidade-visual-do-xxiv-congrenaje


"Chegamos a 2018, o ano do XXIV Congresso Nacional da Juventude Evangélica (CONGRENAJE). O maior evento da Juventude da IECLB acontece entre os dias 22 e 27 de julho, no município de Teutônia/RS, no Sínodo Vale do Taquari. E, agora, além de possuir data, sede, tema e lema, tem também sua identidade visual! Assim, compartilhamos o cartaz do próximo CONGRENAJE. Trazemos ainda as palavras da carta base sobre a temática do Congressso, escrita pelo Conselho Nacional da Juventude Evangélica (CONAJE), na qual afirmamos que VIDA DIGNA é NOSSO COMPROMISSO:
O que é vida digna? 'Eu, você, dois filhos e um cachorro'? Ter um 'Camaro amarelo'? 'Farra, pinga e foguete' todos os dias?
Ou ter um emprego para sustentar-se e sustentar sua família? Ter acesso à terra, moradia, educação, saúde e lazer? Ter direito à vida, liberdade e segurança pessoal? Não ser submetido ou submetida a tortura, tratamentos cruéis, desumanos e degradantes?
Muitos dos valores acima podem soar naturais em nossos dias, porém são conquistas relativamente recentes na história da humanidade, que foram e são fruto de muitas lutas passadas e presentes e ainda são um sonho de muitas pessoas.
Nos acostumamos à ideia de que vida digna é sinônimo de sucesso pessoal, prosperidade, enriquecimento e conforto. É destacar-se na multidão, ter mais curtidas e seguidores que seus amigos e amigas. Jesus, porém, contrapõe essa lógica ao nos lembrar que vida digna é garantir que a pessoa sedenta tenha água, a faminta seja alimentada, a nua vestida, a presa visitada, a forasteira acolhida, a enferma ajudada e a morta sepultada. Pois Jesus diz: — Todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar (Mateus 25.45b).
Lutero nos ensina que a Graça nos liberta e nos compromete a servir ao mesmo tempo, pois o amor de Cristo nos leva a cuidar das pessoas, em especial das mais humildes e necessitadas. Essa é a radicalidade do Evangelho: vida digna não se aplica individualmente, mas coletivamente e a toda a Criação!
Vivemos num contexto, no Brasil e no mundo, de polarização, radicalização de discursos, intolerância e exclusão de minorias. Em 2018, ano do próximo CONGRENAJE, nosso país estará passando por um processo eleitoral que, ao que tudo indica, agravará este cenário.
Em um ano em que se completam 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, discutir com as pessoas jovens o que é vida digna e por que ela é nosso compromisso torna-se não só oportuno como também necessário, pois somos pessoas jovens engajadas na denúncia de toda e qualquer forma de injustiça e promotoras de ações de transformação da realidade. Isso é um chamado de Deus!

Conselho Nacional da Juventude Evangélica (CONAJE), janeiro de 2018"

A graça só tem um recipiente...