quarta-feira, 24 de julho de 2013

SOMOS IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL

Nesta... reflexão [encerramos as discussão] sobre o significado de sermos Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Sendo assim, abordaremos a expressão “no Brasil” no nome da denominação.
Em primeiro lugar, ela revela nossa origem estrangeira. As primeiras comunidades luteranas foram fundadas no Brasil em 1824, em Nova Friburgo (RS) e São Leopoldo (RS), respectivamente. Diferente de outras denominações protestantes no Brasil, o surgimento destas comunidades luteranas não resultou do envio intencional de missionários para evangelizar os brasileiros. Antes, resultou do processo imigratório de europeus empobrecidos que vieram motivados pelas promessas de concessão de terras do governo brasileiro.
Inicialmente a imigração foi vista como solução para a colonização e povoamento de extensos territórios vazios no Brasil imperial. Com a crescente necessidade de mão-de-obra para a lavoura cafeeira e a pressão internacional contra o tráfico negreiro, grandes levas de imigrantes também foram trazidos para trabalhar na agricultura.
Entre os imigrantes havia suíços, belgas e, principalmente, alemães. Muitos deles eram luteranos e alguns reformados. O governo brasileiro instalou-os em colônias, territórios ainda “não ocupados”, nos quais houve muitos conflitos com índios. Há inúmeros relatos de assassinatos tanto de colonos quanto de índios em função dessa política agrária desastrada. A organização destas colônias, por si só, isolou os imigrantes. Outro fator do isolamento social foi a Constituição de 1824 que declarava o Catolicismo Romano como religião oficial do Império. Assim, os colonos evangélicos eram proibidos de construir templos, embora não, de realizar cultos. Um terceiro fator de isolamento foi estabelecerem-se comunidades cristãs a partir de uma cultura de atendimento, ou seja, de pastores enviados da Alemanha para atender exclusivamente os imigrantes.
As igrejas fundadas nesse processo imigratório passaram a colaborar umas com as outras, formando-se quatro sínodos luteranos no Brasil: o Sínodo Riograndense (1886), o Sínodo Evangélico Luterano de Santa Catarina, Paraná e outros Estados (1905), o Sínodo Evangélico de Santa Catarina (1911) e o Sínodo das Comunidades Evangélicas Alemãs do Brasil Central (1912). Em 1949 estes sínodos formaram uma Federação Sinodal e finalmente, no ano de 1962 esta adotou o nome de Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
Olhando para esta história também somos lembrados da nossa dívida evangelizadora com o país. As circunstâncias históricas fizeram-nos desenvolver uma cultura de gueto, formatando uma igreja com marcas culturais homogêneas, étnica definida. A palavra “missão” não fez parte das nossas raízes, da nossa origem histórica; não está em nosso “DNA comunitário”. Em vista disto a expressão “no Brasil” do nome, lembra-nos de que somos igreja de Jesus Cristo neste país, para todas as pessoas que aqui vivem. Eis um grande desafio a superar!

Alguns passos já foram dados, mas há uma longa jornada a percorrer nesse horizonte missionário. Termino citando o meu exemplo: sou pastor luterano no interior de Goiás. Como nossa igreja chegou aqui? Através do fluxo migratório de sulistas que vieram em busca de terras para desenvolver a agricultura. Nosso caso é sintomático. É esse processo histórico que explica a presença da nossa igreja em todo Mato Grosso, Amazônia e grande parte do Brasil Central. É chegada a hora de nós luteranos plantarmos comunidades que sejam fruto de nossa intencionalidade missionária, que sejam resposta de nossa IECLB ao chamado de Jesus Cristo para nós neste país. Mãos a obra!


P. Daniel Schorn
Pastor em Chapadão do céu - Goiás

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Olá Erval Seco – RS! Olá Pastor Ulrico Meyer!

Ah que alegria quando li o texto de hoje, quando vi no final, que este vinha justamente da minha terra natal.
O livro é o “Semente de Esperança”, que ganhei da querida Pastora Luceny Laurett, que agora está em Ariquemes-Rondônia.
Pastor Ulrico, o seu texto me emocionou antes de saber de quem era, por que fala do amor de Jesus Cristo que transcende nossa vontade humana, materialista. E só é vivida como você citou..” Só o amor vivido e experimentado na prática, prova que temos fé e esperança.”

Nívia Neli Strücker