Conta-se uma estória que, certa vez, um proprietário de uma fábrica de sapatos estava para contratar um vendedor. Tinham dois candidatos para a vaga e, querendo escolher o mais adequado para o cargo, resolveu fazer um teste com os dois. Chamou um dos candidatos e enviou-o a uma cidade distante para vender sapatos. Ao chegar lá, o rapaz percebeu que naquele lugar ninguém usava sapatos. As pessoas andavam descalças. O vendedor voltou e disse ao chefe: – Infelizmente o senhor me mandou ao lugar errado, pois nessa cidade ninguém usa sapatos e, por isso, não pude vender nada. Então, o proprietário enviou o outro candidato ao mesmo local e, quando ele retornou, disse ao chefe: – O senhor me mandou ao lugar certo! Ninguém naquele local tinha sequer um par de calçados e então pude vender sapatos para todo o mundo. Foi uma grande venda!
Duas pessoas enviadas para o mesmo local. Os dois voltaram com perspectivas diferentes. Enxergaram a mesma situação de forma diferente.
(Pegar uma folha em branco com um ponto preto nela: O que vocês enxergam aqui? É a mesma lógica dos vendedores. Um focou seu olhar no pequeno ponto preto, na dificuldade que havia, por isso, não vendeu sapatos. O outro, viu a enorme folha em branco, e percebeu como uma ótima oportunidade de vender sapatos!).
Dois pontos de vista sobre uma mesma situação.
Na Bíblia, encontramos um relato de pessoas que foram enviadas ao mesmo lugar, mas voltaram com opiniões completamente diferentes.
Acompanhe na sua Bíblia a leitura de Números 13.23-14.9.
Os israelitas viviam como escravos no Egito. Deus havia libertado esse povo sofrido, e estava conduzindo-os rumo a Terra que havia prometido para eles. Deus conduziu seu povo até o deserto, para de lá, rumarem em direção a terra. Deus estava com esse povo, o tempo todo. Contudo, o povo começou a reclamar da comida. E Deus mandava maná do céu para alimentá-los. Quando tinham o maná, queriam carne, e Deus enviou codornas para que eles pudessem comer. Moisés era o guia deles. E o povo reclamou de seu guia. No deserto, no Monte Sinai, Deus deu orientações para que eles seguissem e pudessem viver bem, entregando também os 10 mandamentos, que serviria para a própria proteção do povo.
Enquanto caminhavam no deserto, o próprio Deus mostrava o caminho com uma nuvem durante o dia e coluna de fogo durante a noite.
Aquele povo era um povo reclamão. E eles pagaram caro por murmurarem tanto. Devido a desobediência e murmurações, receberam diversos castigos de Deus.
Mas mesmo assim, Deus estava conduzindo seu povo para a Terra da Promessa, terra esta que era rica e fértil, que manava leite e mel, uma terra abundante.
Chegando perto da Terra, Deus disse a Moisés que separasse 12 homens para irem espiar a Terra que seria deles.
Passados 40 dias, esses 12 espias retornaram com seus relatórios acerca da Terra que viram.
10 desses homens deram relatórios negativos acerca da terra. Eles perceberam sim que a terra dava bons frutos. Mas a ênfase que deram ao povo era de que a cidade era fortificada, com muros altos, com bons soldados. O povo que vive nessa cidade é um povo alto, muito maiores que nós. É a terra dos gigantes, e perto deles, nós somos como meros gafanhotos!
E eles passaram este relatório para todo povo, e todos começaram a chorar, lamentar, murmurar, chegando a dizer que preferiam ter ficado no Egito. Que era melhor ter ficado como escravos do que ter que lutar contra gigantes.
Apenas dois homens, Josué e Calebe, viram as coisas boas e não se deixaram amedrontar com as dificuldades. E fizeram isso porque sabiam que o Deus que estava guiando-os até ali, continuaria a guiá-los e os ajudaria a conquistar aquela terra. Contudo, a população deu ouvidos para a maioria, e ignorou os relatos de Josué e Calebe.
Como castigo, os 10 espias morreram e todas as pessoas acima de 20 anos morreram no deserto, e as pessoas abaixo de 20 anos foram condenados a vagar no deserto durante 40 anos. Daquela geração, apenas Josué e Calebe entraram na terra que era abundante.
Eles estavam tão perto da terra, estavam há poucos passos de conquistá-la. Mas perderam porque fixaram o olhar para os problemas, para as dificuldades. Fixaram o olhar no ponto preto, esquecendo de perceber a folha em branco que estava à sua frente.
Os problemas eram reais sim. Os muros eram de fato altos. E naquela terra habitavam gigantes, provavelmente da mesma descendência de Golias. Eles não inventaram esses problemas. Não mentiram acerca das dificuldades. Mas se deixaram levar pelo medo, e se esqueceram de que Deus havia prometido acompanhá-los, de que Deus ajudaria para que eles vencessem a batalha. Deus não havia dito que a jornada seria fácil, sem obstáculos. Mas sim que ele continuaria acompanhando-os com sua presença, força, com sua ajuda.
Nós podemos aprender algumas lições com este texto.
Josué e Calebe viram os mesmos problemas, mas tiveram fé em Deus. Viram que as dificuldades seriam pequenas diante do poder de Deus. Eles perceberam os problemas como uma oportunidade de Deus demonstrar seu poder. Eles tinham certeza de que seriam vitoriosos porque sabiam que podiam confiar em Deus, que até então não havia os desamparado.
Em nossa vida, nós também passamos por momentos difíceis, por problemas, por dificuldades. Todos os dias enfrentamos e desafiamos gigantes. Por diversos lados há muros que nos impedem de agir. Os problemas são de fato reais. Eles existem. Temos que enfrentar o gigante da dificuldade financeira; os problemas familiares; a dificuldade que temos de nos relacionar; o divórcio, que desestruturou a família; a doença que chegou sem aviso; o ladrão que veio levando o que viu pela frente.
Muitas vezes, quando temos que enfrentar esses problemas, achamos que eles são tão grandes, que não conseguiremos vencer. Ficamos com medo, deixamos com que o desânimo tome conta de nós. E então começamos a reclamar, a murmurar. Fazemos isso na nossa vida pessoal, profissional e também na vida de comunidade. Focamos nos problemas. Na falta de recursos para sustentar a comunidade. Na falta de pessoas, na falta de compromisso. Focamos tanto nos problemas, dificuldades, adversidades. Colocamos os olhos sobre os gigantes, e esquecemos de ver que esses problemas já vieram antes, e que vencemos, porque Deus esteve conosco. Esquecemos da promessa que ele deu de que não nos deixarias sós. Esquecemos de perceber que mesmo em meio a essas situações desesperadoras, Sua bondosa mão esteve nos guiando, nos conduzindo.
E muitas vezes, por focarmos no medo, nos problemas, nos gigantes, perdemos as promessas de Deus, perdemos as bênçãos.
Quero mostrar um vídeo curto para assistirmos.
Deus preparou para nós um oásis. Quando desviamos o olhar, quando focamos nos problemas e dificuldades, podemos perder as coisas boas que Deus tem preparado para nós.
Tire o olhar dos gigantes, e foque seu olhar naquilo que Deus pode fazer por você!
Deus está com você, ele quer lutar com você! É ele quem vai te ajudar a desafiar os gigantes!
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